A
Análise Sensorial de acordo com a ISO é o exame das características
organolépticas de um produto por meio dos órgãos dos sentidos, numa percepção
somato-sensorial, ou seja, usam os sentidos da visão, olfato, audição, tato e
gosto. São as vias nervosas que levam os estímulos sensoriais ao cérebro que são
interligadas no córtex órbito-frontal, que está envolvido na integração
sensorial, representando o valor afetivo, na tomada de decisão e expectativa.
A
percepção sensorial é também uma forma de prazer. Os nossos sentidos, porém
podem se apresentar ilusoriamente, sendo assim, faz-se necessário uma cuidadosa
análise das impressões do vinho, portanto, a avaliação das percepções
sensoriais podem nos enganar, por isso deve-se fazer a descrição legítima.
Na
análise sensorial temos os métodos discriminativos que são utilizados
utilizados para determinar as diferenças entre dois ou mais produtos. E os
métodos descritivos que são utilizados para caracterizar um produto com relação
as características sensoriais entendidas pelo provador, tais como: cor, sabor,
odor e aparência; tendo como principal método descritivo o ADQ, que é Análise
Descritiva Quantitativa.
Os
órgãos dos sentidos que são utilizados na análise sensorial são: visão, olfato,
tato, audição e gosto.
Visão:
o olho é um órgão fotorreceptor que percebe a luz, brilho, cores, formas,
movimentos e espaço. As características da cor são o tom ou matiz, a saturação,
luminosidade ou brilho e limpidez.
Olfato:
é o sentido mais complexo do ser humano. Para ser sentidas pelo olfato as
substâncias devem ser voláteis, solúveis, aromáticas e em concentrações
perceptíveis. Os aromas presentes nos vinhos são divididos em 4 tipos, sendo
eles, o aroma primário (proveniente da uva), o pré-fermentativo (desenvolve-se
da colheita da uva até o início da Fermentação Alcoólica), secundário (formados
durante as Fermentações Alcoólica e Malolática) e o terciário ou bouquet (é o
aroma que se desenvolve, quando o vinho é envelhecido por vários anos).
Gosto: está
relacionado com as sensações percebidas estimulado por algumas substâncias,
pelo órgão gustativo, ou seja, a língua. As sensações olfativas ou retronasal,
gustativas e trigeminais percebidas na análise sensorial, diz respeito ao
sabor. No momento da avaliação do vinho destaca-se os aspectos relacionados com
suas características, tais como a intensidade, corpo, evolução, persistência,
equilíbrio, fim de boca, sensações táteis, defeitos e qualidades.
Tato: são
as sensações táteis, ou seja, é a sensibilidade cutânea humana, como a fluidez,
untuosidade e consistência.
Audição: compreende
a intensidade, sonoridade em verter o vinho na taça, e para os vinhos
espumantes a persistência das bolhas de dióxido de carbono.
No
momento da análise sensorial alguns fatores importantes influenciam a análise,
como por exemplo, o tipo de taça, o local da análise, a temperatura do vinho,
luminosidade ideal, cabines individuais, isenta de barulho e odores estranhos;
visto esses aspectos importantes inicia-se a avaliação com os seguintes passos.
Segura-se a taça pela base, inclina a mesma para frente, para apreciação da
coloração na avaliação visual; na parte olfativa aproxima-se a taça ao nariz, próximo
à parede interna da taça, sentindo os aromas intensamente e identificando-os;
em seguida, coloca-se o vinho na boca por alguns segundos, para o mesmo entrar
em contato com as papilas gustativas.
A
análise sensorial contribuí de forma importante em vários momentos, como na
tomada de decisão ao longo da elaboração pelo enólogo; na avaliação dos atributos
sensoriais; na avaliação do tempo de prateleira; para melhorar a qualidade e no
entendimento das preferências do consumidor para a aceitabilidade do produto.
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